segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Quinto Dia de Viagem (7 de fevereiro de 2007 – quarta-feira). Em Barreirinhas (MA).
.
De S. Luis a Barreirinhas foram exatos 273 km, percorridos logo nas primeiras horas da manhã (já tínhamos rodado 2.540 km desde Brasília). Tive que migrar parte da minha bagagem para a moto do Paulo para que a Rosane coubesse na garupa. Demos uma parada na cidade de Morros para breve passeio pelas margens do rio Una. Fiquei sem gasolina a 6 km de Barreirinhas. Como a moto do Paulo estava bem mais econômica que a minha, deu para ele ir até a cidade e trazer combustível numa garrafa pet de refrigerante. Fomos direto para a Pousada do Rio, onde tínhamos reserva. Almoçamos por lá mesmo e às 14 h nos deslocamos para os Lençóis Maranhenses, numa jardineira (caminhonete 4x4 adaptada para transportar turistas), contratada na própria pousada. A beleza dos Lençóis nos surpreendeu. O horizonte é tomado por montanhas de areia branca, lembrando o deserto do Saara. As lagoas estavam todas rasas. Apenas 3 delas se mantêm perenes em todos os meses do ano. Julho seria o melhor mês para visitarmos o local, quando o período de chuvas cria dezenas de lagoas entre as dunas. Subidas e descidas íngremes, caminhada pesada naquela areia fofa e fria. É curioso observar que é possível andar descalço pelas areias dos Lençóis sem queimar a sola dos pés, por mais forte que seja o sol. Voltamos para Barreirinhas quase anoitecendo, embevecidos com o cenário daquele areal. Passamos a noite na avenida Beira-Mar da cidade e jantamos em um restaurante onde havia forró ao vivo. O local estava meio vazio e ninguém se animou a dançar.







(fotos no caminho para Barreirinha/MA, às margens do rio Una, e nas dunas dos Lençóis)
.
Sexto e Sétimo Dia da Viagem (8 e 9 de fevereiro de 2007 – quinta e sexta-feira). Em Barreirinhas (MA)..
Tínhamos fechado outro passeio até Caburé para a manhã de quinta-feira, descendo o rio Preguiça de voadeira, (embarcação com motor de popa) mas choveu torrencialmente. Cancelamos o tour e ficamos pela cidade. Almoçamos no mesmo restaurante do dia anterior; e jantamos pizza, em outro. À tarde colocamos o sono em dia, depois de tomar algumas latinhas de cerveja na própria pousada, à beira do rio Preguiça.
Na sexta-feira, dia 9, conseguimos fazer a descida do rio até Caburé. Passeio fantástico! As belezas da vegetação ribeirinha nos encantam a cada instante. No trajeto, passamos pelos povoados de Vassouras, circundado por dunas enormes, onde macacos e papagaios vêm comer na nossa mão; de Mandacaru, que possui um belíssimo farol de 53 metros de altura; e, finalmente, de Caburé, uma estreita faixa de terra que se estende entre o rio e o mar. Almoçamos por lá e resolvi experimentar uma dose de tiquira, cachaça de mandioca de origem maranhense. Os nativos garantem que se uma pessoa se embebedar de tiquira e depois se molhar, fica bêbado por 3 dias consecutivos. Dá para acreditar? Dormi durante a metade do percurso de volta no desconforto da voadeira. Fui eu quem bebeu, mas foi Rosane quem passou mal. Ela teve um baita enjoo à noite e ficou na pousada, prostrada na cama, enquanto eu e Paulo saímos para lanchar na avenida Beira-Mar. Passamos a noite assistindo novela e dormimos antes do Big-Brother.

Rio Preguiça
Rio Preguiça

Rio Preguiça


Povoado de Vassouras
Caburé

Povoado de Mandacaru

Nenhum comentário: